A Violação de Inanna - Abuso Sexual na Mitologia Suméria

 (O seguinte texto pode conter conteúdo sensível para algumas pessoas, gerando "gatilhos" psicológicos.)
Placa representando, possivelmente, Inanna/Ishtar alada, com mãos no peito e com pés de garra, Babilônia. Circa de 1750 AEC. (The British Museum)

“Ao reinar do entardecer, quando o sol brilhava como um anel dourado, o Jardim de Enki, na Terra, era cuidado por seu servo Šukaletuda. Šukaletuda, com ajuda de um corvo sagrado, observava sua árvore frondosa, mas não sabia trabalhar tão bem quanto o animal. Uma ventania o interrompeu. Uma ventania atrapalhou a visão de Šukaletuda, mas ele pode observar as grandes asas que desciam na Terra, as asas de Inanna repousavam na Terra.
Em busca de descanso, após passear pelo Universo trazendo equilíbrio e vigilância, Inanna repousara no Jardim de seu pai Enki. E prestes a descansar, a senhora Inanna dos Céus e da Terra cobriu seu corpo, ela cobriu suas genitálias com seu manto sagrado, um dos seus “me”.
Šukaletuda esperou por Inanna. Ele esperou pelo sono de Inanna. Aproximou-se dela como uma raposa, a cheirou, a tocou, retirou seu sagrado “me” de cima de suas partes íntimas sem nenhum pudor. Ele a tocou. E fez s3x0 com ela, sem ela consentir, enquanto a sagrada Inanna dormia.
E ao acordar, Inanna reparou as marcas, mas estava sozinha, reparou o sangue, mas estava sozinha. Ela gritou e chorou, perguntou pelo responsável, mas ninguém respondeu. Enfurecida, Inanna procurava pelo culpado, procurou através das grandes cidades pelo culpado. Ao não encontrar, ela trouxe um castigo para a humanidade: Inanna encheu de sangue os poços da Terra, ela transformou água em sangue.
Šukaletuda estava diante de seu pai, ele pediu por conselho, mas antes contara toda a verdade, sem mostrar arrependimento por Inanna, apenas por sua árvore que fora destruída pelo vento. E seu pai, o pai de Šukaletuda, disse onde seu filho deveria se esconder, onde ele podia se manter a salvo, se misturando na cidade como um homem qualquer e igual aos outros de seus irmãos.
Inanna procurava mais uma vez por Šukaletuda, mas não encontrava rastros de seu agressor, e então trouxe novas tormentas sobre a Terra: Inanna trouxe furacões, tornados, suas ventanias destruíram estradas e cidades. Mas Šukaletuda voltava ao seu pai pedindo por abrigo, e mais uma vez seu pai o apresentou uma saída, um esconderijo perto de montanhas, onde Inanna não o encontraria.
Mais desgraça Inanna trouxera com suas ventanias, mas dessa vez ela fora direto ao deus Enki. Chamou-o de “Pai Enki” ao se ajoelhar em forma de respeito. E perguntou “E quanto a mim? E quanto ao que me foi feito? Não haverá justiça para mim?”. Então Inanna solicitou para que Šukaletuda fosse capturado e julgado por ela, e só depois disso ela voltaria a entrar em seu templo, o templo de Inanna em E-ana. E Enki permitiu, permitiu louvando a sagrada Inanna.
Šukaletuda fora capturado por Inanna, pelas próprias mãos de Inanna. E um tapa na cara ele recebeu, e ele admitiu tudo, sem pena, sem arrependimento. Então Inanna fez justiça: Amaldiçoou a eternidade de Šukaletuda, o condenou à morte e demonstrou que aquilo nada era pra ela, mas preservaria seu nome. Seu nome, então, seria cantado por jovens artistas e seria lembrado pela eternidade como um violador, um criminoso perante humanos e deuses. E ao receber o decreto de seu destino no seco deserto, ele exclamou: “Louvada seja Inanna!”

Abuso sexual, Assédio, Importunação Sexual e Estupro são CRIMES. Agressão à mulher é CRIME! Denuncie discando "180". SUA VIDA IMPORTA! Saiba mais sobre a Lei do Minuto Seguinte.

Essa foi uma rápida representação do resumo do épico “Inanna e Šukaletuda” (circa de 1800 AEC) , escrita por mim, que fala do estupro que Inanna sofreu. Nesse mito, Inanna sofre com a violação enquanto Šukaletuda vai na casa de seu pai pedir abrigo, não é mencionado o nome do pai do violador, mas mesmo Inanna sendo uma deusa da Justiça, que observa o mundo, não pode encontrar Šukaletuda. O que leva a crer que seu pai poderia ser uma outra divindade, ou até o próprio Enki. Enki, como pai de seus devotos, ajudaria Šukaletuda sem fazer distinção de valores. O que seria só uma hipótese.
Tanto neste, quanto no mito “A Descida de Inanna ao Submundo”, Inanna, a suprema deusa, mantém a humildade para com outros deuses, respeita seus templos e seus poderes. Nesse mito em questão, Inanna trata Enki como “pai”, o que é cabível em algumas interpretações onde Enki é de fato pai de Inanna. Mas podemos teorizar que o termo também poderia ser uma forma de tratar Enki com respeito, assim como “Irmã” para Ereshkigal, que demonstrava igualdade.
O texto mitológico pode ter sido uma maneira de representar a vitória dos antigos estados do sul (representados por Šukaletuda) sobre Akkad, Babilônia, (representado por Inanna, ou em algumas versões Ishtar), mas mais que isso, pode ter representado a “humanização” das divindades para trazer à cultura da civilização o ideal de que todos os atos criminosos não deveriam sair em pune.
Acima de tudo, o texto é uma demonstração patriarcal onde existe a segurança para um violador e a sede de justiça por uma violada. No entanto, o texto enfatiza que nenhum crime fica sem resposta da justiça divina e que essa justiça deve ser um direito de todos e todas.
Numa linha do famoso “Código de Hamurabi” entende-se que:
130 - “Se um homem tiver violentado a esposa de outro, que é virgem, enquanto ainda vivia na casa de seu pai, e for pego em flagrante, esse homem será condenado à morte; a mulher sairá livre”.
Em resumo, o mito “Inanna Šukaletuda” vai explorar tais crimes na antiguidade e como eles tem suas punições, usando deuses e deusas como exemplo de regentes da Justiça. Sendo assim, podemos ainda usar a modernidade, com a psicologia analítica, para explicar que a criação desses mitos teriam fundamentos psicológicos.
Segundo Jung, os mitos desempenham um papel crucial na compreensão da natureza humana, pois revelam os temas e os símbolos fundamentais que estão presentes em nosso inconsciente coletivo. Esses símbolos arquetípicos são compartilhados por todas as culturas e têm um impacto profundo em nossa psique, influenciando nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
Seguindo esse raciocínio, podemos entender que para a psicologia analítica mitos podem representar conteúdos do inconsciente que são baseados nas experiências e vivências adquiridas ao longo da vida do ser e desenvolvimento da própria psique.
Seria, então, possível supor que esse mito representaria a violência sexual que mulheres e homens vivenciavam e observavam naquela época. Expressar que uma divindade, como Inanna, sofrera uma violação, demonstraria que todos estavam à mercê da maldade humana, mas ninguém estaria livre da Justiça social e divina.

 O trecho a seguir é proveniente do livro "The Literature of Ancient Sumer", traduzido por Jeremy Black e outros. A tradução para o português foi feita pelo Blog.

  Por praticidade, apenas as linhas 112 (quando Inanna é estuprada) até a conclusão (louvando Inanna por sua justiça) são apresentadas. Os pontos de elipse indicam palavras ou linhas ausentes, enquanto pontos de interrogação sugerem traduções alternativas para uma palavra ou frase.

112-128: Certa vez, depois que minha senhora percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que Inanna percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que ela percorreu Elam e Subir, depois que ela percorreu o horizonte entrelaçado do céu, a senhora ficou tão cansada que, quando chegou lá, deitou-se ao lado de suas raízes. Su-kale-tuda a notou ao lado de sua plantação. Inanna... o pano de fundo (?) dos sete poderes divinos sobre seus órgãos genitais... o cinto dos sete poderes divinos sobre seus órgãos genitais... com o pastor Ama-ucumgal-ana... sobre seus órgãos genitais sagrados... Su-kale-tuda desamarrou o pano de fundo (?) dos sete poderes divinos e a fez deitar-se em seu lugar de descanso. Ele teve relações sexuais com ela e a beijou lá. Depois de ter relações sexuais com ela e beijado, ele voltou para perto de sua plantação. Quando o dia amanheceu e Utu se levantou, a mulher se inspecionou cuidadosamente, a sagrada Inanna se inspecionou cuidadosamente.

129-136: Então a mulher estava considerando o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela encheu os poços da Terra com sangue, então foi sangue que os pomares irrigados da Terra produziram, foi sangue que o escravo que foi coletar lenha bebeu, foi sangue que a escrava que saiu para buscar água desenhou, e foi sangue que as pessoas de cabeça preta beberam. Ninguém sabia quando isso iria acabar. Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar de todas as terras ela conseguiu encontrar o homem que havia tido relações sexuais com ela.

137-138: Agora, o que um dizia ao outro? O que mais um acrescentava ao outro em detalhes? 

139-140: O rapaz foi para casa e falou com seu pai; Su-kale-tuda foi para casa e falou com seu pai:

141-159: "Meu pai, eu deveria regar os canteiros de jardim e construir a instalação para um poço entre as plantas, mas não restou nem uma única planta lá, nem mesmo uma: eu as arranquei pelas raízes e as destruí. Então, o que trouxe o vento tempestuoso? Ele soprou a poeira das montanhas em meus olhos. Quando tentei limpar o canto dos meus olhos com minha mão, consegui remover um pouco, mas não fui capaz de remover tudo. Levantei os olhos para a terra baixa e vi os deuses altos da terra onde o sol nasce. Levantei os olhos para as terras altas e vi os deuses exaltados da terra onde o sol se põe. Eu vi um fantasma solitário. Reconheci um deus solitário por sua aparência. Vi alguém que possui plenamente os poderes divinos. Eu estava olhando para alguém cujo destino foi decidido pelos deuses. Naquele canteiro - não me aproximei dele cinco ou dez vezes antes? - havia uma única árvore sombreada naquele lugar. A árvore sombreada era uma álamo do Eufrates com uma sombra ampla. Sua sombra não diminuía de manhã, e não mudava nem ao meio-dia nem à noite."

160-167: "Certa vez, depois que minha senhora percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que Inanna percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que ela percorreu Elam e Subir, depois que ela percorreu o horizonte entrelaçado do céu, a senhora ficou tão cansada que, quando chegou lá, deitou-se ao lado de suas raízes. Eu a notei ao lado de minha plantação. Eu tive relações sexuais com ela e a beijei lá. Então voltei para perto da minha plantação." 

168-176: "Então a mulher estava considerando o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela encheu os poços da Terra com sangue, então foi sangue que os pomares irrigados da Terra produziram, foi sangue que o escravo que foi coletar lenha bebeu, foi sangue que a escrava que saiu para buscar água desenhou, e foi sangue que as pessoas de cabeça preta beberam. Ninguém sabia quando isso iria acabar. Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar ela conseguiu encontrar o homem que havia tido relações sexuais com ela."

177-181: Seu pai respondeu ao rapaz; seu pai respondeu a Su-kale-tuda: "Meu filho, você deveria se juntar aos habitantes da cidade, seus irmãos. Vá imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos! Assim, essa mulher não irá encontrá-lo entre as montanhas."

182-184: Ele se juntou aos habitantes da cidade, seus irmãos todos juntos. Ele foi imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos, e a mulher não o encontrou entre as montanhas. 

185-193: Então a mulher estava considerando pela segunda vez o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela montou em uma nuvem, tomou (?) seu assento lá e... O vento sul e uma tempestade temível a precederam. O pilipili (um dos membros do culto no séquito de Inana) e uma tempestade de poeira a seguiram. Abba-cucu, Inim-kur-dugdug, ... conselheiro... Sete vezes sete ajudantes (?) ficaram ao seu lado no deserto alto. Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar ela conseguiu encontrar o homem que havia tido relações sexuais com ela. 

194-195: O rapaz foi para casa e falou com seu pai; Su-kale-tuda foi para casa e falou com seu pai:

196-205: "Meu pai, a mulher de quem eu falei para você, essa mulher estava considerando pela segunda vez o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela montou em uma nuvem, tomou (?) seu assento lá e... O vento sul e uma tempestade temível a precederam. O pilipili e uma tempestade de poeira a seguiram. Abba-cucu, Inim-kur-dugdug, ... conselheiro... Sete vezes sete ajudantes (?) ficaram ao seu lado no deserto alto. Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar ela conseguiu encontrar o homem que teve relações sexuais com ela." 

206-210: Seu pai respondeu ao rapaz; seu pai respondeu a Su-kale-tuda: "Meu filho, você deveria se juntar aos habitantes da cidade, seus irmãos. Vá imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos! Assim, essa mulher não irá encontrá-lo entre as montanhas." 

211-213: Ele se juntou aos habitantes da cidade, seus irmãos todos juntos. Ele foi imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos, e a mulher não o encontrou entre as montanhas.

214-220: Então a mulher estava considerando pela terceira vez o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela pegou um único ... em sua mão. Ela bloqueou as estradas da Terra com ele. Por causa dela, as pessoas de cabeça preta... Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar ela conseguiu encontrar o homem que teve relações sexuais com ela. 

221-222: O rapaz foi para casa e falou com seu pai; Su-kale-tuda foi para casa e falou com seu pai: 

223-230: "Meu pai, a mulher de quem eu falei para você, essa mulher estava considerando pela terceira vez o que deveria ser destruído por causa de seus órgãos genitais; Inanna estava considerando o que deveria ser feito por causa de seus órgãos genitais. Ela pegou um único ... em sua mão. Ela bloqueou as estradas da Terra com ele. Por causa dela, as pessoas de cabeça preta... Ela disse: "Vou procurar em todos os lugares pelo homem que teve relações sexuais comigo". Mas em nenhum lugar ela conseguiu encontrar o homem que teve relações sexuais com ela. 

231-235: Seu pai respondeu ao rapaz; seu pai respondeu a Su-kale-tuda: "Meu filho, você deveria se juntar aos habitantes da cidade, seus irmãos. Vá imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos! Assim, essa mulher não irá encontrá-lo entre as montanhas." 

236-238: Ele se juntou aos habitantes da cidade, seus irmãos todos juntos. Ele foi imediatamente para as pessoas de cabeça preta, seus irmãos, e a mulher não o encontrou entre as montanhas. 

239-244: Quando o dia amanheceu e Utu se levantou, a mulher se inspecionou cuidadosamente, a sagrada Inanna se inspecionou cuidadosamente. "Ah, quem me compensará? Ah, quem pagará (?) pelo que aconteceu comigo? Não deveria ser uma preocupação do meu próprio pai, Enki?"

245-249: A sagrada Inanna dirigiu seus passos ao abzu de Eridu e, por causa disso, prostrou-se diante dele e estendeu suas mãos para ele: "Pai Enki, eu deveria ser compensada! Além disso, alguém deveria pagar (?) pelo que aconteceu comigo! Eu só voltarei ao meu santuário E-ana satisfeita depois que você entregar aquele homem para mim do abzu." 

250: Enki disse "Está bem!" para ela. Ele disse "Assim seja!" para ela. 

251-255: Com isso, a sagrada Inanna saiu do abzu de Eridu. Ela se esticou como um arco-íris pelo céu e alcançou a terra. Ela deixou o vento sul passar, deixou o vento norte passar. De medo, Su-kale-tuda tentou se tornar o menor possível, mas a mulher o encontrou entre as montanhas. 

256-261: Agora, a sagrada Inanna falou com Su-kale-tuda: "Como...? ...cachorro...! ...asno...! ...porco...!" 

262-281: Su-kale-tuda respondeu à sagrada Inanna: "Minha senhora (?), eu deveria regar os canteiros de jardim e construir a instalação para um poço entre as plantas, mas não restou nem uma única planta lá: Eu as arranquei pelas raízes e as destruí. Então, o que o vento tempestuoso trouxe? Ele soprou a poeira das montanhas em meus olhos. Quando tentei limpar o canto dos meus olhos com a mão, consegui tirar um pouco, mas não consegui tirar tudo. Ergui meus olhos para a terra baixa e vi os deuses exaltados da terra onde o sol nasce. Ergui meus olhos para as terras altas e vi os deuses exaltados da terra onde o sol se põe. Vi um fantasma solitário. Reconheci um deus solitário por sua aparência. Vi alguém que possui plenamente os poderes divinos. Eu estava olhando para alguém cujo destino foi decidido pelos deuses. Naquele canteiro - eu não me aproximei dele três ou seiscentas vezes antes? - havia uma única árvore sombreada naquele lugar. A árvore sombreada era um choupo do Eufrates com sombra ampla. Sua sombra não diminuía de manhã e não mudava nem ao meio-dia nem à noite." 

282-289: "Uma vez, depois que minha senhora percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que Inanna percorreu os céus, depois que ela percorreu a terra, depois que ela percorreu Elam e Subir, depois que ela percorreu o horizonte entrelaçado do céu, a senhora ficou tão cansada que, quando chegou lá, deitou-se junto às raízes. Eu a notei ao lado do meu canteiro. Eu tive relações sexuais com ela e a beijei lá. Então eu voltei ao lado do meu canteiro."

290-295: Quando ele falou assim para ela, ... atingiu ... ... acrescentou (?) ... ... mudou (?) ele ... Ela (?) determinou o destino dele..., a sagrada Inanna falou com Su-kale-tuda: 

296-306: "Então! Você morrerá! O que isso importa para mim? No entanto, o seu nome não será esquecido. Seu nome existirá em canções e tornará as canções doces. Um jovem cantor as executará de maneira mais agradável no palácio do rei. Um pastor as cantará docemente enquanto faz manteiga. Um jovem pastor levará o seu nome para onde ele pastoreia as ovelhas. O palácio do deserto será o seu lar." 

307-310: Su-kale-tuda ... Porque ... o destino foi determinado, louvado seja ... Inanna!


A Lei Maria Da Penha existe. Denuncie ligando "180".


Fontes:
Bertman, S. "Handbook to Life in Ancient Mesopotamia". Oxford University Press, 2005.
Black, J., et al. "The Literature of Ancient Sumer". Oxford University Press, 2006.
Cooley, Jeffrey L. "Inana and Sukaletuda: A Sumerian Astral Myth". KASKAL, Volume 5, 2008, pp. 161-172.
Kramer, S. N. "The Sumerians: Their History, Culture, and Character". University of Chicago Press, 1971.
Jung, C. G., Von Franz, M. L., Henderson, J. L., Jacobi, J., & Jaffé, A. (Orgs.). "O Homem e Seus Símbolos". Editora Nova Fronteira, 2016.

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